A sorte foi nossa!

Comédia encenada pela Cia. Embaixadores da Arte

Com uma interpretação realizada por um elenco composto por oito atores, alguns ainda em seu primeiro contato com o teatro, enquanto outros já possuem certa experiência, a comédia “Velando a Sorte” trouxe para a cidade a promessa de “matar você de tanto rir” ao assistir. A expectativa era grande!  Observar o tão pouco utilizado Teatro Municipal recebendo uma fila de aproximadamente cinquenta pessoas, há meia hora antes do horário marcado para o início da peça, foi algo de encher os olhos e que fez pensar no quanto é esperançoso ver um a um entrar no teatro para aguardar uma boa exibição, desejada pelos competentes diretores Abel Júnior e Ezequiel Santos.

O espetáculo começou e, se a ansiedade de estrear uma peça ao público já era grande, o fato de saber que essa plateia era maior que o esperado fazia com que os artistas cochichassem: “Não fique nervoso”! “Já esqueci meu texto”, retrucava o outro. E tudo isso enquanto aguardavam os primeiros sinais que indicariam a proximidade de entrar em cena para cumprir, impecavelmente, o papel de fazer os quase duzentos presentes no teatro gargalharem a cada palavra de um texto que cumpriu sua proposta do início ao fim.

Como as crianças menores de 12 anos não devem entrar desacompanhadas, os responsáveis que autorizam o acesso dos pequenos devem estar prontos para escutar alguns vários palavrões e frases de duplo sentido, que podem até passar despercebidos pelos mais inocentes. No entanto, o que a encenação faz questão de mostrar, explicitamente, é a diversidade cultural do país e a quebra do preconceito homossexual, necessárias a qualquer idade.

Certamente eu não saberia a respeito das aulas de improvisação feitas pela companhia se não tivessem me contado antes. As palavras eram interpretadas com uma enorme habilidade, o que tornava difícil saber que não eram escritas daquele jeito no script. O acompanhamento do som se encaixava simetricamente com as caras e bocas dos protagonistas no palco, fazendo com que as quase duas horas de apresentação passassem tão rápido que só deu tempo de perceber que os calorosos aplausos ao final da peça traziam consigo um agradecimento.

Obrigado, Companhia Embaixadores da Arte, por deixar esse gostinho de “quero mais”: mais cultura na nossa rica Resende Costa – citada tantas vezes no texto –, mais Teatro Municipal cheio, mais “mortes de tanto rir”! Que privilégio o da nossa cidade em ser a primeira da região a conhecer um pouco desse talento, e ver a promessa inicial ser prontamente cumprida!

Revisão: Maicon Jaques

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